quinta-feira, 18 de junho de 2009

A maldição do terceiro encontro

No primeiro encontro é tudo m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o, e você se concentra apenas nos beijos com o rapaz e nas declarações sem pé nem cabeça. Aproveita e alimenta sua auto-estima com os elogios que o moçoilo deixou de presente. [Love is in the air no rádio, volume 35] – No dia seguinte sua pele está boa e você consegue controlar todos os pensamentos, fica um gostinhodequeromais mas se rolar rolou, se não rolar, next!. Eis que surge o segundo encontro, começa a fase em que você passa a analisar todas as frases do coitado tentando tirar conclusões se ele serve ou não, mas você não conhece o cara direito, então tudo o que ele diz é lindo (leia-se forma com que ele se vende, óbvio), se combina, se ele gosta das mesmas coisas, enfim, aquelas coisas que nós mulheres, procuramos no The Best Next®. Você chega em casa um pouco mais consciente [ao som de Lauryn Hill: Everything is everything, volume 29]
Depois de anos e anos estudando e observando os homens, cheguei a conclusão de que existe a maldição do terceiro encontro. Todo terceiro encontro é decisivo: ou vai ou racha. Como o título já diz tudo, na maioria das vezes ele racha, é uma maldição. Vamos tentar expor os dilemas... Vale ressaltar que uma mulher bem-resolvida não deve pensar em romance até que consiga passar pela maldição do terceiro encontro.

Antes do encontro:
1 – Não entende direito porque a estranha impressão de que hoje é melhor ficar em casa (??)
2 – Não consegue localizar uma roupa de terceiro encontro no seu armário.
3 – Se tortura com o enigma do cumprimento: selinho ou beijo na bochecha e acaba imóvel.

Durante o terceiro encontro:
4 – Ele te olha como se você fosse a mulher mais linda do mundo
5 - Fica dividida enquanto ele divaga sobre sua vida: ele não se interessa pela minha ou é algum tipo de desespero em querer se mostrar bom pra mim?

Durante o terceiro encontro se rolou sexo:
6 – Suas mãos não obedecem seu corpo
7 – Ele não te olha do mesmo jeito que te olhou a hora que você chegou (começa a nóia)
8– Os beijos têm menos intensidade?? [Heeelp]
8.1 – No caso de dormirem juntos, na manhã seguinte ele te olha com aquela cara: Não sei identificar se estou gostando ou não de acordar a seu lado
8.2 – Tenta disfarçar com semi-sorriso ou uma palavra de carinho, do tipo: dormiu bem? [Na falta de algo mais criativo pra se dizer]
9 – A despedida é estranha, “depois a gente se fala” ou ... o famoso “eu te ligo”

Após o terceiro encontro: entendendo a maldição
9 – A conclusão básica: foi estranho
10 - Ele se encontra “ausente” no MSN ou é uma manobra pra te evitar?
11 – O som que toca agora é Roda Viva (Viva Chico!) – Vol 55 Vide post anterior
12 – Eu não te ligo, você não me telefona [Samambaia MODE ON]
13 – Intermináveis desculpas pra si mesma de que não foi tão bom assim
14 – Sua intuição começa a apitar o alerta vermelho
15 – Entra em ação a ideia do pegue, mas não se apegue

Podemos criar zilhões de motivos para tentar entender a maldição do terceiro encontro mas o fato é que no terceiro encontro estamos AMBOS mais sóbrios e começamos enxergar o outro como ele realmente é. Não requer tempo muito menos habilidade. Se for assim, como está, Ok, tente manter a amizade se valer a pena.
Se houver o quarto encontro, relaxe, você conseguiu superar a maldição do terceiro. Enjoy :-)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Roda Viva

Em dias como hoje, nada melhor que Chico Buarque:


Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá
Roda mundo roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá
Roda mundo roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Bandida

Eu recebo muitas correntes por e-mail, mas essa eu adorei... Vale um post:

"Bandida que é bandida:
Dá nó até em pingo d'água pra ir numa balada! Enfrenta qualquer coisa por outra bandida! Cai e se levanta mais forte! Abaixar a cabeça? JAMAIS! Se diverte com os 'bebezinhos', se entedia com os bonzinhos, canta os bonitões, PEGA os mais gatos e se apaixona pelos BANDIDOS. Sempre tem uma próxima vítima em mente; tem 'memória seletiva' pega , mas NÃO se apega. Nunca passa despercebida! Adora cerveja, balada e beijo na boca; odeia as 'inhas', as bonitinhas, sem gracinhas, boazinhas, chatinhas; tem sempre alguém que é seu sonho de consumo e pode demorar o tempo que for, ela consegue 'consumi - lo'! uui!!
Bandida não chora, tem TPM! Inimiga de uma bandida é inimiga da quadrilha inteira!
Mande para suas 10 bandidas, e se eu for 1 delas me mande, se você receber 10 é por que vc é uma CHEFE DE QUADRILHA!!"

segunda-feira, 8 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

Cada escolha uma renúncia

Domingo nublado, até meus cachorros com preguiça esquentando meu pé.
Ultimamente muitas coisas a se comemorar, trabalho novo, solteira solteiríssima.. Busquei durante tanto tempo essa liberdade de estar só, sair sem rumo, encontrar pessoas novas, conversas sem compromisso, sem hora pra sair do trabalho! Tudo isso é muito bom, mas me pergunto até onde a liberdade é boa antes de se transformar em solidão. Eu que namorei durante 8 anos precisava respirar um pouco. Respirar é bom?
Ter muitas opções pra quem ligar no domingo é ruim quando fica tudo no superficial.
Conheci uma pessoa muito legal, papo muito interessante, beijo muito bom, cavalheiro, me pega em casa (não lembrava a última vez que um homem veio me buscar em casa pra sair, os affairs sempre me encontravam em algum lugar), se preocupa com meus problemas, enfim... parece perfeito? Mas não é. Não bateu. Incrível como a gente procura a pessoa ideal, idealiza o perfil dele e quando acha um mais ou menos parecido percebe que "não era bem aquilo que eu queria" . Fazer oq? Ele é perfeitinho demais, enjoa.
Depois tem outro, inteligente, vive me ligando, mil e um programas, está sempre de bom humor, investe mesmo... Mas... sem nem sair com ele já fiquei com preguiça! Outro que não bateu.
Recentemente reencontrei um cara com quem tive uma breve história nos tempos de adolescente. Não lembro muito bem dos detalhes, mas ficou guardada a sensação de paz que ele me trouxe na época. Bom, encontrei, conversamos, conversamos, conversamos... e .... continuamos com as conversas... Ainda não posso criar expectativa, estamos "conversando".

Estar solteira é bom, mas é ilusória a ideia de estar livre pra conhecer o alguém que está por vir.
Faz falta um cobertor de orelha e um cafuné antes de dormir.

Por enquanto, tenho ao menos os cachorros pra esquentar meu pé... Morri com dois ingressos para o 4 rodas Experience na mão. Podia ser pior.

Para inaugurar...

"...Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a cada dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustoso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito, a menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e ai aviso também que não se deve temer seu relinchar: a gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez..."

Clarisse Lispector.. amo-te!